segunda-feira, 16 de julho de 2012

O evento parto não é apenas um evento físico é psicológico.A famosa ansiedade pós parto pode ser minimizadas, através de encontros com gestantes ou uma conversa com a doula e um apoio psicoterápico.
Ofereço acompanhamento para gestantes e casais. Beijos Banhados de Ocitocina.






Existem partos normais e cesarianas, que é um ato cirúrgico indicado em algumas situações especificas.
Segundo Maldonado (2002) o parto normal em si tem três fases, período de transição, o período de dilatação que é caracterizado pelas fortes contrações que corroboram para a abertura do canal de parto o colo uterino que deve dilatar 10 cm e após ruptura da bolsa da água, o período expulsivo é caracterizado pelos puxos que fazem que o bebê “coroe” na parte externa da vagina.
Se a palavra da gravidez é a ambivalência a palavra do parto é luto, luto devido às ansiedades persecutórias relacionadas à separação do feto, o final da gestação inaugura segundo Soifer (1980), a partir do momento expulsivo do parto agora o bebê se concretiza a parturiente assumirá os cuidados fisiológicos e psicológicos antes proporcionados pela placenta.
 “Por um lado ela revive inconscientemente a angústia sofrida durante toda a passagem pelo canal do parto, ou seja, vai irrompendo nela a angústia do trauma do nascimento”. (SOIFER,p.51).

Segundo Maldonado, o parto inaugura um rito de passagem de filha para mãe e não existindo a possibilidade de retorno é um momento crucial e de alta complexidade psíquica, o parto é um momento único e fugaz em contrapartida não permite a elaboração que a gestação proporciona.
 “Em contraste com a gravidez cuja evolução é lenta e permite que as diversas mudanças ocorram aos poucos o parto é um processo abrupto que rapidamente produz mudanças intensas.” (MALDONADO, 2002 p. 67).

Sabemos que o trabalho de parto é um evento estressante, porém pode ser exacerbado por uma postura passiva da parturiente e uma postura rígida da equipe de saúde que pode favorecer uma distócia emocional de parto que consiste em um trabalho de parto mais demorado, prejudicando assim o vinculo materno infantil. 

terça-feira, 13 de março de 2012

O Nascimento do Vínculo Materno Infantil

Amigas e Amigos, desculpe a demora de postar algo, porém por forças maiores não consegui me ater ao blog. Voltei para ficar.


Beijos Banhados de Ocitocina.



O puerpério: o nascimento do vínculo. 
           
O puerpério é a fase que denominamos de nascimento do vínculo materno infantil, após o parto se instaura um período de transição momento em que SOIFER (1980) como uma delimitação entre a fantasia do bebê imaginário e a realidade o bebê real, a puérpera deve se ater com as angústias oriundas da aproximação de bebê real; se rompe a possibilidade de fantasia e inaugura o que WINNICOTT (2000) considera como a preocupação materna primária.
     A preocupação materna primária é comparada como um estado de esquizoídia, como se apenas um aspecto da personalidade, torna-se a parte fundamental, como se a mãe fizesse um recorte de seus aspectos psicológicos e os oferece-se ao bebê, essa tendência é essencial para a constituição da natureza humana para que se manifeste a tendência ao amadurecimento.
Nesse período da preocupação primária ainda segundo WINNICOTT (2000) há dois tipos de maternagem, a mãe suficientemente boa e a devotada comum. A mãe suficientemente boa é aquela que se adapta as necessidades do bebê sem invadi-lo, a mãe devotada comum é capaz de cuidar do bebê, porém de uma forma menos continente das necessidades do bebê, são mães que não adquirem a preocupação materna – primária.
O vínculo materno infantil é produto do período puerperal, período ao qual a mulher, atravessa transformações hormonais e tende a atravessar um período denominado baby blues, tristeza materna, são episódios de choro derivados da insegurança com os cuidados com o recém- nascido, que ocorre nas primeiras semanas do puerpério e tende a diminuir gradativamente, não prejudicando os cuidados maternos.
O grande evento do puerpério é a amamentação para MALDONADO (2002) a amamentação não é só processo natural e, portanto fisiológico, mas um facilitador do vínculo materno-infantil, o contato pele a pele, a troca de olhares e o reconhecimento faz com que a amamentação seja, o principal evento do puerpério.

É justamente a oportunidade de maior envolvimento e aprofundamento afetivo que faz com que a amamentação seja vivenciada de forma tão assustadora por várias mulheres. “Para muitas mães, a mamadeira simboliza um objeto intermediário que lhes dá a segurança de certo grau de afastamento e não envolvimento”. (MALDONADO, 2002, p. 110.)
Há estudos descritos na obra de Felice (2000), que a amamentação protege contra a insegurança e agressividade, desde que seja vivida com conforto e tranquilidade, diminuindo os índices de depressão pós parto.
A amamentação é o último evento do puerpério que encerra o ciclo gravídico puerperal e consolida o vínculo materno-infantil.